sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Perigo! - Estrada



No passado ano, segundo dados do relatório da sinistralidade rodoviária o distrito de Santarém foi considerado o terceiro mais perigoso no panorama rodoviário nacional (74 mortos), tendo o numero de mortes em acidentes rodoviários/nº de habitantes, anormalmente, alto (16 mortes por cada 100 000 hab.), quando essa média nacional é de 7 e em Lisboa o valor é de 4.
Se no ano passado já havia sido notória a insegurança nas estradas da nossa região, no próximo ano (devido á colocação de portagens na A 23) o tráfego nas nossas estradas nacionais vai aumentar.
De referir que algumas dessas estradas nem deviam de ser já consideradas estradas nacionais (dada a construção de rotundas, colocação de semáforos e outros embaraços que irão dificultar o trânsito), principalmente, no atravessar das localidades.
Acredito que este aumento de trânsito acarrete um maior número de acidentes rodoviários (esperemos que sem vitimas a lamentar, sabendo contudo que isto será difícil), e baseio esta minha crença no que se tem passado nos últimos tempos nas vias de acesso á vila.
Desde que a ponte de Constância foi fechada ao transito, originando um considerável acréscimo de tráfego na troço Tramagal - Rossio ao Sul do Tejo, ocorreram dois ACIDENTES com alguma gravidade (reparem que referi acidentes e não despistes), felizmente não á mortes a lamentar, mas o facto de num tão curto espaço de tempo terem ocorrido dois sinistros levou-me a pensar quando tinha ocorrido o ultimo ACIDENTE (entenda-se por acidente, choque entre viaturas) neste percurso, e das duas uma, ou sou muito esquecido (acredito que sim), ou já foi á muito tempo (tanto, que o mesmo tempo o varreu da minha memória).
Se com o acréscimo de trânsito originado pelo encerramento da ponte de constância, já se notam diferenças na segurança, imaginem o que ai vem no próximo ano…

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Será isto um sinal de que estamos fartos de (in)segurança???

Chegou-me via e-mail, este comunicado, que foi transmitido ao executivo da Câmara Municipal de Abrantes e a todos os seus órgãos, na ultima Assembleia Municipal.
De referir que este comunicado foi formulado por um nosso concidadão, que carrega nas suas palavras, o pensamento de muitos de nós, (senão de todos nós).
Engraçados são os comentários proferidos pela Srª Presidente de Câmara (á comunicação social), onde classifica o actual cenário de terror vivido em todo o conselho, como sendo "um assunto que muito provavelmente, envolve quezílias entre vizinhos e não um clima de insegurança geral", preocupando-se antes de tudo, em não transmitir para fora do conselho o cenário de insegurança que se vive dentro do mesmo, ao invés de procurar dar uma resposta á altura.



Caríssimos Abrantinos:
Senhora Presidente da Câmara, Senhores Vereadores:
Senhor Presidente da Assembleia Municipal:
Sua Excelência,
Sr. Ministro do Governo, aqui presente,
Dr. Jorge Lacão:
O Terror instalou‐se em Abrantes Devo dizer que como surdo‐profundo, não me foi fácil perceber a realidade do que se passa nesta cidade, antes de ter mergulhado nela.
Enquanto todos sabem e comentam, as necessidades especiais de comunicação que tenho, que obrigam o interlocutor a escrever num papelinho a sua comunicação, eu pouco sabia…,… até que o meu filho Hugo foi vitima de espancamento, ameaças de morte, extorsão, destruições nos seus bares e perseguição constante para entregar uma mala com dinheiro e um carro…
Não tenho nada contra os ciganos, porque sei que os há bem formados, com licenciaturas e uma vida normal de trabalho, e com boa integração na vida social.
Acontece que, em Vale de Rãs, Abrantes, existe uma comunidade cigana que alberga um grupo de criminosos que aterroriza toda a cidade.
Pois foram estes que cercaram o meu filho, junto de um dos seus bares, cerca de 15 a 20 delinquentes, exibindo armas, e lhe bateram, e… pasme‐se… até o avisaram de que se contasse ao pai, eu que estou aqui presente, quase com 65 anos de idade," lhe cortavam as orelhas e o matavam"…
Pois o terror instalado na mente do meu filho foi tal que, nada me contou, saindo da cidade, em férias antecipadas, levando a esposa, sem nada lhe dizer.
Vim a saber o que se passava por uma senhora da cidade que ouviu falar e me contou.
Procurei o meu filho, já ele estava em casa; e notei nele um olhar tal que parecia saído do fundo de um poço.
Disse‐me que não me queria contar o pormenor de me cortarem as orelhas, mas para eu ter cuidado.
Devo dizer que, no fim da tarde do dia seguinte, numa situação muito perigosa, pois nem a Policia lá vai, fui ao bairro dos ciganos e mandei chamar o chefe do bando, conhecido por Calão; e o Chefe do clã, conhecido por Chico‐Cigano; e lhes disse que não se metessem mais com o meu filho, pois qualquer assunto, seja o que for, de futuro, é tratado comigo e não com ele. Se querem problemas, não se metam com ele; metam‐se comigo. Pois se se meterem com ele, estão a meter‐se comigo e é comigo que qualquer assunto desta natureza tem de ser tratado.
Eu, que já tive 4 Car‐Jacking na forma tentada; e, há 5 semanas, uma tentativa de um 5º Car‐Jacking; para além me ver na contingência de atacar um gang de 5 ou 6 elementos, que na noite de Lisboa espancava um taxista, libertando este; desarmado mas não desautorizado, pois o bando fugiu…
Eu que tenho a idade com que o meu pai morreu, tenho de superar a Policia... e quantas vezes… fui a Policia, nesta cidade e noutras em que tive mesmo de salvar a Policia…, …consegui parar a violência sobre o meu filho, mas não a violência que crassa na cidade.
A violência, com mortes, assaltos, roubos, extorsões e espancamentos por motivos fúteis e pura
diversão, são uma constante.
Por ora, não há militares, sejam Soldados, Sargentos ou Oficiais a sentirem‐se seguros numa visita à cidade de Abrantes.
Mesmo em grupos numerosos, os militares, são provocados, intimidados, ameaçados, e espancados, perante numerosas armas apontadas.
O 2º CMDT dos Páras de Tomar, consta que também foi espancado na cidade de Abrantes.
Policia, Bombeiros, pessoal do INEM, vários empresários da cidade, seguranças e vários cidadãos já foram vítimas de espancamentos, alguns praticamente até o estado de coma.
É óbvio que a Câmara Municipal de Abrantes, se veja preocupada com o possível encerramento do Parque Urbano de São Lourenço, a saída de famílias que já foram vítimas deste grupo, o encerramento de discotecas, e a exclusão da cidade como meio acolhedor para viver, investir e visitar.
Há que tomar medidas.
Propostas Levantamento exaustivo de todas as situações, mesmo que passado que seja o prazo para apresentação legal de queixas.
Reunião com os Comandos Militares da Região, para obter um levantamento exaustivo de todos os casos ocorridos, mesmo que sem participação.
Avançar com uma proposta de estado de sítio…,…e pedir ao Governo uma intervenção militar em força, que controle todos os movimentos suspeitos e faça detenções para revistas.
Possível cerco ao bairro onde se acoita o grupo, com uma duração indeterminada de meses e controle de entradas e saídas.
Rusgas minuciosas para encontrar a droga e as armas que traficam e frequentemente exibem; sem nunca serem encontradas pelos GOES.
Escutas a pessoas chave, mas insuspeitas, que podem estar transmitindo informações confidenciais a estes marginais.
Trabalho comunitário obrigatório para quem goza de subsídios de inserção social mas nada faz nem sequer se inscreve no Centro de Emprego.
Controle apertado de todas as situações de gozo deste subsídio.
E que mais?
Arranjem uma sala e um grupo de pessoas interessadas em receber formação para, caso se vejam envolvidas, saberem lidar com estas situações, pois o problema é o medo que se instalou e torna as pessoas ainda mais vulneráveis.
Eu serei o Líder dessa formação.
E que mais? Ficamos por aqui?
Cabe uma palavra ao poder executivo!
Em força, já!.

Assembleia Municipal de Abrantes ‐ 27/09/2010 ‐ Intervenção pública de
Fernando António Dias Correia